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Marketing Digital liderou a lista de fornecedores das eleições 2022

Digi & Tal, Por George Soares, Jornalista

Em 01/11/2022 às 17:34:10

Essas eleições foram especiais. Não apenas pelo clima de Fla-Flu gerado pela polarização dos candidatos, mas, pela primeira vez (já tinha engatinhado nessa direção em 2018), a lista de fornecedores da campanha é encabeçada por quatro empresas que lidam de forma direta e indireta com o ambiente digital na prestação de serviços.

Cerca de 5% dos quase R$5 bilhões de reais destinados aos fornecedores das eleições deste ano foram para o Facebook e Google (primeiro e segundo colocados, respectivamente). Essa fatia ainda contempla a Dlocal Brasil e a Adyen, empresas de pagamento que fazem a intermediação entre os usuários e as plataformas digitais, além de transações por e-commerce.

No total, o gasto gerado por impulsionamento digital e anúncios na web foi de R$ 257 milhões, segundo o Tribunal Superior Eleitoral. Não entra nesse joio o custo de profissionais que fazem essa gestão ou aquisição de ferramentas para monitoramento e ajustes dessas campanhas, o que elevaria um pouco mais essa cifra.

Fato é que esse custo já encosta na tradicional mídia de rádio e televisão. A médio prazo, a tendência é que fique no mesmo patamar. O Brasil ainda tem 20 milhões de pessoas que sequer têm conexão a internet, de acordo com últimos dados do PNAD-Contínua. Se expandirmos isso para pessoas com conexão de baixa velocidade, esse número aumenta para 50 milhões. Daqui a 4 anos, com uma eventual expansão da tecnologia 5G, esses números talvez caiam. Hoje, com essa dicotomia nacional e nesse contexto político que vivemos, dificilmente haveria espaço conversão, mesmo se o investimento em anúncio online fosse equiparado ao offline.

As pesquisas eleitorais mostraram que a certeza de voto nos candidatos era acima de 90%. Em um cenário assim, por mais impulsionamento que se faça, seja de plano de governo, seja de material de “contra-inteligência” (fatos contra o outro candidato, denúncias etc), a mudança não aconteceria.

Ainda não existe um estudo que mostre de maneira assertiva uma relação de causa-efeito entre post/anúncio digital e conversão ou mudança de voto. Investir no digital, no entanto, faz com que você converse com seu público e solidique sua imagem e/ou propostas. Por ser mais barato do que a mídia tradicional, no digital há a possibilidade de, rapidamente, esclarecer aspectos e criar narrativas que não seriam possíveis na TV ou rádio. O resto é comunicação: quanto mais a presença da mensagem for feita, mais consolidada será no receptor.


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